sábado, 5 de julho de 2008

The Happening (O Acontecimento)



The Happening (O Acontecimento) é o novo trabalho do realizador M. Night Shyamalan, o criador de obras intrigantes e criativas como “The Sixth Sense” ou “Signs”. No entanto, o último filme do realizador, “Lady in The Water” (Senhora da Água), fracassou. Apresentando uma qualidade bastante inferior no argumento e na criação de suspence, uma das imagens de marca de Shyamalan. Agora, surge-nos The Happening, um filme dentro do género das restantes obras do realizador, que prometia voltar a elevar a fasquia de qualidade (talvez na próxima), no entanto tal não acontece. O filme apresenta um entretenimento de pouca qualidade com pouca transcendência, o suspense vai diminuindo à medida que o filme se desenvolve sendo substituído pela monótona previsibilidade e os actores principais também em nada beneficiam a obra, aparecendo muito limitados e apagados, apesar de ter gostado do Trabalho de Mark Wahlberg que nos apresenta uma personagem diferente do que nos tem habituado. A Zooey Deschanel vale pelos seus lindos olhos Azuis.

The Happening, algo apocalíptico que reflectiu bem os trailers do filme que foram sendo lançados, parecendo até que Shyamalan nos ia presentear um filme com intriga e suspense e com alguma sorte, medo. Promessas vãs pois os trailers são melhores que o filme em si. A história acompanha os momentos de pânico e ânsia que sucedem o aparecimento de uma neuro-toxina na cidade de Nova York e que leva os seus habitantes a suicidarem-se em massa. A misteriosa toxina propaga-se por outras grandes cidades da costa Este norte-americana, fazendo inúmeras vítimas. Inicialmente pensa-se que se trata de um ataque terrorista, mas rapidamente essa ideia perde consistência, dando lugar a um cenário mais aterrador (leia-se idiota). O filme centra-se principalmente em quatro personagens. O professor Elliot (Mark Wahlberg), a sua mulher Alma (Zooey Deschanel), o seu melhor amigo Julian (John Leguizamo) e a filha deste, Jess (Ashlyn Sanchez). Os quatro conseguem fugir a tempo num comboio que parou na cidade de Filadélfia antes da epidemia atingir a metrópole, refugiando-se numa zona rural à espera que a epidemia passe e não os afecte.

O Argumento apresentava grandes potencialidades, fruto de uma ideia original interessante que certamente poderia ter dado origem a um filme com o mesmo nível de Signs (Sinais). Contudo, não lhe foi dado a tal mística tão característica das obras do realizador. É certo que no inicio o suspense e a intriga são bem trabalhados mas rapidamente esfumam-se dando lugar a um desenvolvimento previsível com diálogos de fraca qualidade recheados de clichés e até de algumas explicações pouco convincentes.

The Happening não deixa de ser interessante, mas, infelizmente é preciso muito mais que uma boa ideia original para fazer um bom filme. E convenhamos, este não é um deles.

Breve Nota: A mensagem deixada no filme, apesar de não ser nova não está suficientemente gasta e se virem o filme rapidamente se apercebem a que me refiro. Para não estragar a história opto por não divulgar qual.

Veredicto: Andavas… e ainda andas! (6.5/10)

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